terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Cartas ao vento...

“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.” Fernando Pessoa


Compartilhar lembranças é uma maneira que encontramos de revivê-las. De poder dizer para nós mesmos que tudo foi real e não um sonho. É também dizer para os outros que os sonhos acontecem e são possíveis se assim desejarmos torná-los possíveis. 

Quero compartilhar uma história, dezenas de linhas que escrevi em momentos de minha mais profunda solidão. Momentos que para sempre serão eternizados através destas cartas. Cartas que jogo ao vento na certeza que um dia, quem sabe, se for da vontade do destino, chegará até você. E pelos muitos caminhos que elas percorrerão, espero poder compartilhar não apenas lembranças, mas sentimentos verdadeiros que um dia acreditei que eram não apenas sonhos, mas sim reais. 

Existem histórias que precisam ser esquecidas, outras nem lembradas. Algumas precisam ser vividas, outras apenas recordadas. As cartas que aqui vos escrevo são apenas lembranças de uma vida, lembranças bem guardadas que não servem para nada, não podem ser revividas, apenas recordadas. Se as jogo ao vento porque assim foi preciso, elas hoje não pertencem a ninguém, não há um só destino e muito menos um só destinatário. 

Peço com imenso carinho para àqueles que irão lê-las, não as guardem com vocês, pois, assim como elas foram lançadas ao vento, elas precisam continuar seguindo seu caminho para que um dia se cumpra seu destino. E quando estiver lendo-as, sinta-se como se ouvisse a minha própria voz dizendo baixinho ao seu ouvido, palavras que um dia não consegui dizer. E depois lance-as novamente ao vento... 

Lati...



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