No alto de uma colina morava uma doce e linda jovem, Scarlat era seu nome. Sua ternura, os longos cabelos negros, sua pele alva e seus olhos marcantes deixavam qualquer um encantado. O vermelho paixão de seus lábios deixavam homens ouriçados e mulheres enciumadas. A doçura de sua voz faziam com que as crianças quisessem tê-la sempre por perto. Scarlat era cobiçada por todos de sua aldeia e aldeias vizinhas por sua tamanha beleza. Mas seu coração pertencia a apenas um homem e a ele, somente a ele, a jovem devotou todo seu amor.
Scarlat descia a colina todos finais de tarde para colher rosas vermelhas nos arredores da aldeia. Era rotina já que a jovem tinha nas rosas sua segunda paixão. Não havia um dia sequer que Scarlat deixasse de cumprir sua caminhada diária ao encontro do aroma doce e sedutor das rosas vermelhas. O perfume impregnava todo seu corpo e logo todos sabiam que a jovem estava por perto.
Até que um dia a noite avança e Scarlat não volta pra casa. Preocupados com sua demora, a aldeia se mobiliza e vão a procura da jovem. Apenas um cesto vazio é encontrado no lugar de costume onde a jovem colhia as rosas. Dias e noites passam-se e nenhuma notícia de Scarlat. Seu amado ia todos os dias ao campo das rosas na esperança de obter alguma pista que levasse ao seu desaparecimento. Noites a fio, madrugadas mal dormidas, dias sombrios de dor e sofrimento pairavam em seu coração. A aldeia já não era mais a mesma sem o encanto da doce Scarlat.
Em uma dessas tentativas de busca, já quase sem esperanças, seu amado houve uma voz ao longe invocando seu nome. Sem saber ao certo se fora o sopro dos ventos ou o balançar dos galhos das árvores que provocara tal som, o jovem segue na direção do chamado e encontra um lago bem próximo dali. Ao longe ele avista uma mulher de capa preta, mal consegue ver seu rosto que logo desaparece entre as sombras da noite. Ele fica desorientado sem saber se tal miragem podia ser Scarlat ou apenas fruto do seu inconsciente desesperador. Com os olhos lacrimejando, ele dirige-se ao lago e ajoelha-se em prantos. Ao inclinar-se para lavar seu rosto, vê uma imagem refletida na água e apenas algumas poucas palavras: "Estou bem meu amado. Me tiraram a vida, mas não a alegria de viver." A mulher de preto estende os braços por traz de seus ombros e lhe oferece uma rosa vermelha desaparecendo-se novamente entre as sombras.
Diz a lenda que o amado de Scarlat guarda a rosa vermelha intacta até hoje sob uma redoma de cristal acreditando que tal rosa teria sido lhe dada por Scarlat, mas a jovem jamais foi encontrada. Alguns dizem que ao cair da tarde ouvi-se uma voz doce de mulher vindo dos campos de rosas. Outros já relataram que sua alma ainda caminha pelos campos de rosas na esperança de que alguém a encontre. E há ainda quem diga que a rosa dada pela mulher de preto é a própria Scarlat transformada em uma Rosa Scarlat.
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